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João Fernandes, o Cacik Jonne, entrou para a banda Chiclete com Banana na sua formação inicial, a convite de Missinho. Era menor de idade, dezesseis anos, e foi preciso a autorização do seu pai para poder subir em trio elétrico. Em 86, em plena micareta de Feira de Santana, por desavenças internas, Missinho saiu da banda, deixando-a sem o seu cantor e líder.
Bell e Cacik Jonne seguraram o pepino e não deixaram a peteca cair. Superaram as expectativas e ninguém notou a ausência do antigo líder, a não ser pela mudança no repertório e na dialética poética musical, tempos depois. Missinho seguiu carreira solo e, posteriormente, foi engolido pela axé music que surgiu como um rolo compressor, esmagando tudo que não fosse um lê-lê-lê, laiaiá. E a banda Chiclete Com Banana, tendo um garoto que desfilava com cocar de cacique tocando sua guitarra eletrizante pelas ruas do Brasil, brilhou tal qual estrela de primeira grandeza.
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A odisséia física, hoje, é consumida por uma dor visível e angustiante: a dor moral que somente aqueles que se viram abandonados pelos amigos conhecem a astúcia e a contundência profunda de suas estocadas no coração e a desfiguração irreparável que provoca na alma de quem a sente. “Eu acho lastimável em todos os sentidos. Pena que ele esperou tanto tempo pra ver em que cama ele estava deitado”, diz o ex-integrante da banda, Missinho.
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Existe uma luz no fim do túnel, que é um transplante de células tronco embrionárias, que custa caríssimo e a banda Chiclete com Banana se nega a custear o tratamento. “A história da banda é a minha história, ou vice-versa, e eles não querem pagar o tratamento nem me indenizar pelos vinte anos em que ajudei a colocar a banda no pedestal em que hoje se encontra”, diz o músico. “O motorista, que era do Chiclete e foi demitido porque ficou do meu lado e agora trabalha pra mim, de graça”, completa com uma expressão de dor.
No circuito carnavalesco, a multidão frenética aplaudiu por diversas vezes a imagem daquele cacique que, por vinte carnavais, fez balançar o chão da Avenida Sete em alucinantes acordes de frevos, marchinhas e depois, axé music. E hoje, onde está o nosso cacik?
Links dos Hospitais de Salvador que tratam da Ataxia Cerebelar Degenarativa:
Hospital Sarah Kubitschek
5 comentários:
O CHOCLETE SEM O JONNE NUNCA MAIS SERÁ O MESMO VOLTA JONNE A TORCIDA BAMOR APOIA O JONNE
Eu acho,um egoismo tamanho e falta de humanismo por parte dos outros componentes da banda chiclete com banana.Eles podem tentar,apagar JONNE das suas memórias,mas a história da música baiana já o eternizou.JONNE vc sempre será o nosso cacik.
Cacique jonne, só JESUS CRISTO poderá restaurar a sua vida, curar a
sua dor, e tornar você um novo homem.
Por isso creia no Senhor Jesus e Ele trará dinovo a alegria ao seu coração. Esqueça o passado e entregue a sua vida a JESUS CRISTO.
concordo com o morenno Jonne a sua vitoria estar em Cristo!
não tenho religião mas tenho certeza que Jesus pode mudar tua vida.
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