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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

“Cacik Jonne” fora do cenário musical baiano
João Fernandes, o Cacik Jonne, entrou para a banda Chiclete com Banana na sua formação inicial, a convite de Missinho. Era menor de idade, dezesseis anos, e foi preciso a autorização do seu pai para poder subir em trio elétrico. Em 86, em plena micareta de Feira de Santana, por desavenças internas, Missinho saiu da banda, deixando-a sem o seu cantor e líder.
Bell e Cacik Jonne seguraram o pepino e não deixaram a peteca cair. Superaram as expectativas e ninguém notou a ausência do antigo líder, a não ser pela mudança no repertório e na dialética poética musical, tempos depois. Missinho seguiu carreira solo e, posteriormente, foi engolido pela axé music que surgiu como um rolo compressor, esmagando tudo que não fosse um lê-lê-lê, laiaiá. E a banda Chiclete Com Banana, tendo um garoto que desfilava com cocar de cacique tocando sua guitarra eletrizante pelas ruas do Brasil, brilhou tal qual estrela de primeira grandeza.

Cacik Jonne era um rapaz risonho, forte, jovial, um dos ídolos da banda Chiclete com Banana, e demonstrava obstinação. Ao menos era assim a imagem que a câmera capturava em todos os carnavais ao passar pela pista do Campo Grande. Hoje, podemos ver um rapaz amargurado, coração ferido, lágrimas disfarçando um olhar triste. “Há longos anos que venho lutando contra essa doença que consome os meus movimentos e se chama de ataxia cerebelar degenerativa", relata o músico.

A odisséia física, hoje, é consumida por uma dor visível e angustiante: a dor moral que somente aqueles que se viram abandonados pelos amigos conhecem a astúcia e a contundência profunda de suas estocadas no coração e a desfiguração irreparável que provoca na alma de quem a sente. “Eu acho lastimável em todos os sentidos. Pena que ele esperou tanto tempo pra ver em que cama ele estava deitado”, diz o ex-integrante da banda, Missinho.

A ataxia cerebelar degenerativa é a perda da coordenação muscular e motora por desordem no cérebro. Pode atacar o coração e, geralmente, ocasiona cegueira. É um milagre ele ainda não ter perdido a visão completamente.
Existe uma luz no fim do túnel, que é um transplante de células tronco embrionárias, que custa caríssimo e a banda Chiclete com Banana se nega a custear o tratamento. “A história da banda é a minha história, ou vice-versa, e eles não querem pagar o tratamento nem me indenizar pelos vinte anos em que ajudei a colocar a banda no pedestal em que hoje se encontra”, diz o músico. “O motorista, que era do Chiclete e foi demitido porque ficou do meu lado e agora trabalha pra mim, de graça”, completa com uma expressão de dor.

No circuito carnavalesco, a multidão frenética aplaudiu por diversas vezes a imagem daquele cacique que, por vinte carnavais, fez balançar o chão da Avenida Sete em alucinantes acordes de frevos, marchinhas e depois, axé music. E hoje, onde está o nosso cacik?

Links dos Hospitais de Salvador que tratam da Ataxia Cerebelar Degenarativa:
Hospital Sarah Kubitschek

4 comentários:

Unknown disse...

O CHOCLETE SEM O JONNE NUNCA MAIS SERÁ O MESMO VOLTA JONNE A TORCIDA BAMOR APOIA O JONNE

Unknown disse...

Eu acho,um egoismo tamanho e falta de humanismo por parte dos outros componentes da banda chiclete com banana.Eles podem tentar,apagar JONNE das suas memórias,mas a história da música baiana já o eternizou.JONNE vc sempre será o nosso cacik.

morenno disse...

Cacique jonne, só JESUS CRISTO poderá restaurar a sua vida, curar a
sua dor, e tornar você um novo homem.
Por isso creia no Senhor Jesus e Ele trará dinovo a alegria ao seu coração. Esqueça o passado e entregue a sua vida a JESUS CRISTO.

Danilo Lemos disse...

concordo com o morenno Jonne a sua vitoria estar em Cristo!

não tenho religião mas tenho certeza que Jesus pode mudar tua vida.