Anos depois de ter desaparecido da vitrine, Missinho (foto), que já passou dos 40, está de volta com o mesmo cabelo comprido, demonstrando jovialidade e uma serena disposição para retomar a carreira. Um recomeço sem grandes pretensões mercadológicas. O primeiro passo foi investir em projetos isolados, que incluiu a gravação do disco Pop sanfonado e um período de shows. "O que me estimulou a retomar a carreira foi sentir que a minha música continua viva, pulsante. Dei esse tempo porque acho que o artista, quando não tem algo legal para mostrar, deve ficar na dele. Forçar a barra é horrível", reflete o cantor e compositor.
As meninas eram loucas por ele. Filho de forrozeiro e compositor dos grandes sucessos do Chiclete com Banana na fase inaugural da axé music, Missinho era uma espécie de galã do Carnaval de Salvador na década de 80. A pele morena e o cabelão liso do cantor e guitarrista da banda, na época com pouco mais de 20 anos de idade, valiam como atrações à parte em cima do trio elétrico, numa fase em que galopes de sua autoria, como O mistério das estrelas e Sementes, provocavam frisson na avenida.
Mas o tempo desgastou o convívio e Missinho acabou não segurando as divergências internas com os outros músicos do grupo. "O assédio do público me causou alguns problemas. Não tinha culpa de aparecer mais do que deveria, e isso gerou muita ciumeira. Eu também queria experimentar outras coisas. Decidi sair, mas não ficou nenhuma mágoa", revela o ex-galã da banda.
O primeiro disco de sua carreira solo: Pop sanfonado conta com algumas músicas inéditas e realça a força instrumental da sanfona em todas as faixas. "Não posso esquecer a minha origem musical centrada no forró, herança de meu pai, Elias Alves. Este disco é uma viagem entre o passado das minhas canções que agitaram multidões, o presente (com a guitarra namorando a sanfona e a zabumba) e o futuro indefinido", conta o artista, que regravou, com novos arranjos, hits da sua fase no Chiclete com Banana.
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"Uma vez, tivemos que passar 36 horas dentro de um ônibus rumo a São Paulo, onde seria gravado o primeiro elepê da banda. Quando chegamos na rodoviária, fomos de mala e cuia direto para a gravadora. Eu não tinha sequer uma guitarra, que foi alugada às pressas", recorda. Em Salvador, os primeiros shows do Chiclete lotavam espaços como o Clube Português e a Casa D´Itália, numa maratona musical que costumava atravessar a madrugada em mais de quatro horas de som, no embalo de sucessos como No lume da fogueira, Lua menina e Tiete do Chiclete.
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Hoje, ao falar sobre sua história com os músicos veteranos do Chiclete com Banana, Missinho deixa transparecer boas lembranças, mas resumi o fim do vínculo sem meias palavras: "Não temos mais nenhuma relação, a não ser com o Jonne".
10 comentários:
"Há quem diga que eu dormi de touca"... Botar o bloco na rua é uma coisa, fazer sucesso é outra completamente diferente! Pobre coitado, cheio de sarcasmos, carregava a banda ‘nas costas’: músico mais experiente, compositor, "queria isso e aquilo"... E acabou a carreira como sempre sonhou Solo (sozinho) nesse carnaval.
Abraço AÇO
Ricardo Alê
Poeta dos carnavais dos anos 80, músico da melhor qualidade...!!!!!
Quem perdeu?
A Bahia, o carnaval e nós amantes desse som singular da Guitarra de Missinho e do versos Misteriosos e belos das suas canções, ainda bem, eternizadas, pois a boa música é atemporal.
Sim,
Colar do Oriente, Mistério das Estrelas, Bahia Cubana, Ondas de Baião, Meu Balão, Sementes, Doce feito mel, Tiete do Chiclete, Beijo Cigano, Olhos da Noite, Luar de Havana, Lua Menina, Flor da Manhã, Lume da Fogueira, Fissura do Cheiro, Mirando o Luar...
Estão latentes em nossas memórias.
Mestre Missinho,
A música lhe agradece pela sua contribuição. Sem você o carnaval da Bahia não seria o mesmo. Obrigado! por ter dadao continuidade à invenção de Dodô e Osmar, e por ter nos proporcionado conhecer um pouco mais de Guitarra Baiana.
Cara,
O carnaval da Bahia está precisando de suas composições!!!!!!!!!!
Um abraço!
Gata como è bom te ver de novo na Bahia, nesse reggae night quero ver vc com toda essa alegria... Eu adorava! Missinho um grande!
Salve o mestre Missinho!!! Que Deus lhe pague por tantos momentos inesquecíveis que a mente rememora constantemente para sentir a sensação novamente e para esquecer tanta banalidade musical da atualidade que na condição infame, ainda teima em rondar os ouvidos dos que tem bom gosto.
MISSINHO, NAO TEM COMO FALAR DE MUSICA BRASILEIRA E NAO LEMBRAR DE VC COM SEU ENORME TALENTO, COMO CANTOR, COMPOSITOR E INSTRUMENTISTA.
PARABENS E ESPERAMOS VER EM BREVE MAIS UMA DAS SUAS PRECISOSAS OBRAS.
UM FORTE ABRACO.
ROGER
Chiclete pra mim só prestou até quando Missinho fazia parte. Hoje é coisa repetitiva sem graça...
É missinho a música baiana deve e precisa muito de seu retorno, hj salva-se uma meia dúzia de músicos de axé, o próprio chiclete é muito repetitivo e ñ resgata seus grandes sucessos, hj só ouvimos besteirol, falta músicos como vc, competente e sempre fiel ao estilo k é o verdadeiro axé, como vc, luís caldas, o pessoal da reflexus, zé paulo, virgílio, jorge taime e outros, valeu por suas músicas k até hj ouço com muito prazer, volte por favor!
Atualmente o Chiclete Com Banana,com aquele guitarra muito mau tocada por Bel,não passa nem de longe o que foi com Missinho. È mais facil o povo esquecer dos atuais integrantes do Chiclete, do que do "Mistério das estrelas". Missinho foi o cara do Chiclete! O resto da banda o acompanhava.
vdd, bel nao toca nada so o feijao com arroz, missinho era a estrela e eles o coadjuvantes, eles morriam de ciumes pq bel queria ser o cara o bom da boca via hora q missinho desceu do trio, eh um cara de palvra e tem coragem, esses bandod de mercenarios q abandonou o cacique jone aqui vai meu repudio pra essez caras, middinho sim com os acordes tronxo. e uma pessoa porreta um grade abraço meu irmao
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