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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Grupos de rock que apareceram e cresceram

Barão Vermelho: Sempre foi uma das mais respeitadas bandas brasileiras. Agradava tanto a quem gostava do estilo pop-new wave, quanto à turma do rock mais pesado. Se no primeiro LP o Barão ficou conhecido só no cenário roqueiro, no segundo despontou no país todo com Pro dia nascer feliz e no terceiro se consagrou com Bete Balanço.
A saída de Cazuza, em junho de 1985, foi o primeiro integrante de uma banda de ponto a partir para carreira solo, fez todo mundo acreditar que o grupo estava fadado ao fracasso. Ledo engano. Já no primeiro álbum com Frejat nos vocais, Declare guerra, o Barão emplacou dois hits: Música- título e Torre de Babel.

Biquíni Cavadão: A banda carioca nunca foi do chamado primeiro escalão, mas ninguém parou para contar a quantidade de sucessos que emplacou nas rádios. Só do primeiro LP, foram três:Tédio (que lançou o Biquíni), Timidez e No mundo da lua (“não quero mais ouvir/ a minha mãe me chamar/ quando eu entrar no banheiro/ ligar o chuveiro mas não me molhar”). Depois ainda vieram Teoria, Zé Ninguém, Vento ventania e impossível.


Blitz: Abriu os caminhos para o rock nacional com Você não soube me amar. A música foi lançada em junho de 1982 num compacto de capa rosa choque, que no outro lado só tinha a voz de Evandro Mesquita falando “nada, nada, nada, nada...” Três meses depois, saiu o primeiro LP, incluindo outro sucesso: Geme-geme (mais uma de amor). Na capa, aparecia a banda inteira, menos o baterista, Lobão (ele próprio), que pediu o boné logo depois das gravações e antes do lançamento do álbum.

A censura deixou sua marca no disco: as duas últimas faixas do lado B foram propositalmente arranhadas e o LP ganhou o selo de “Proibido para menores de 18 anos”.Já o terceiro e último disco da Blitz (só nos anos 90 a banda voltou a se reunir, já sem Fernanda Abreu) também trouxe uma surpresa, só que bem mais agradável: três capas de cores diferentes, para o freguês escolher. O disco de maior sucesso, porém, foi o segundo, que enfileirou vários hits, como Weekend, Betty Frígida e A dois passos do paraíso.


Camisa de Vênus: Liberado por Marcelo Nova, amigo do peito de Raul Seixas, foi o primeiro e único grupo baiano a ter projeção nos anos 80. Fazia punk-rock de qualidade e emplacou alguns sucessos: o primeiro deles Eu não matei Jaona D’Arc, do segundo LP. Logo depois, estourou nas rádios Silvia, que todos completavam: “Piraaaanhaaa!” Mas famoso mesmo foi o grito de guerra da banda que caiu na boca dos roqueiros, não só nos shows do Camisa de Vênus, mas também nos de outros grupos: “Bota pra foder!!!”

Herva Doce: Se não chegou a ser um fenômeno na década de 80, pelo menos ajudou a abrir as portas do rock brazuca. Na prática, foi a primeira banda de rock dos anos 80 a lançar um LP próprio, em 1982, que trazia um hit e tanto: Erva venenosa. Em 1983, durante a passagem do Kiss pelo Brasil, coube ao Herva Doce(com “h” mesmo) tocar antes dos mascarados. Mas o maior sucesso do grupo veio em 1985, com Amante profissional, aquela do “moreno alto, bonito e sensual”.


Plebe Rude: última das bandas de Brasília a despontar, a Plebe lançou um miniLP (com apenas sete faixas e produzido por Herbert Vianna), que emplacou nas rádios roquEiras quatro músicas: Até quando esperar, Sexo e karatê, Johnny vai á guerra e Proteção. Mas foi no segundo disco que o grupo conseguiu um sucesso nacional: a balada A ida. Uma das marcas da banda era o contraponto da voz principal de Philippe Seabra com a voz grave de Ameba.





RPM: Paulo Ricardo (baixo e voz), Fernando Deluqui (guitarra), Luís Schiavon (teclados) e Paulo Pagni (bateria) foram o maior fenômeno de massa do rock nacional até hoje.Surgiram com louras geladas, em 1985, e um ano depois lotavam ginásios e estádios no Brasil inteiro, a reboque do disco Rádio Pirata ao vivo. Paulo Ricardo virou símbolo sexual e arrancava gritinhos histéricos das meninas. No terceiro LP, Os quatros Coiotes, os integrantes do RPM já não se davam bem e apostaram num som menos comercial. O disco foi mal de vendas e a banda se desfez.




Titãs: Cabeça dinossauro, terceiro disco da banda, é considerado um dos marcos do rock nacional. Reúne clássicos como Homem primata, Família, Polícia, Bichos escrotos e Porrada. Mas os Titãs já chamavam a atenção em 1984, não só pelo sucesso instantâneo Sonífera ilha, como também pela formação atípica: oito músicos, sendo cinco deles vocalistas, e nenhum líder(apesar do jeito diferentão de Arnaldo Antunes).Resultado: a cada disco, uma surpresa. Comida, de 1987, virou um sucesso e um bordão: “A gente não quer só comida/A gente quer comida, diversão e arte”.


Ultraje a Rigor: Você imaginaria o sisudo guitarrista Edgar Scandurra tocando Marylou (“Eu tinha uma galinha que se chamava Marylou...”)? Pois ele não só tocou, como foi um dos autores. A primeira formação do Ultraje, além de Roger (guitarra), Leospa (bateria) e Maurício (baixo), tinha Scandurra, que ghegava a posar em todas as primeiras fotos da banda. Mas quando o primeiro LP foi lançado, depois de dois compactos com quatro sucessos, ele já estava no Ira! Ve Carlinhos tinha assumido a guitarra (no segundo disco, Serginho entrou em seu lugar).

O primeiro disco do Ultraje vendeu 450 mil cópias e conseguiu uma façanha inédita até hoje: estourar todas as 11 faixas. Eram elas: Nós vamos invadir sua praia, Rebelde sem causa, Mim quer tocar, Zoraide, Ciúme, Inútil, Marylou, Jesse go(a que tocou menos, entre todos os hits), Eu me amo, Se você sabia e Independente Futebol Clube.

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