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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Memorial:
Poetas do rock que se foram nos anos 80:
O mundo perdeu John Lennon em 8 de dezembro de 1980, mas, no Brasil, os dez anos seguintes também nos tiraram três monstros sagrados do rock brazuca: Júlio Barroso e Cazuza, surgidos na década de 80, e Raul Seixas, consagrado nos anos 70 e coroado como mito nos 80.

Cazuza: Morreu no dia 7 de julho de 1990, aos 32 anos, vítima de uma pneumonia em decorrência da Aids. Cazuza descobriu que tinha a doença em 1987 e, durante sua luta pela vida, passou duas temporadas em Boston, nos Estados Unidos, fazendo longos tratamentos com AZT e outras drogas experimentais. Entre fevereiro e junho de 1989, muito debilitado, gravou numa cadeira de rodas e até deitado o seu último disco em vida, o álbum duplo Burguesia.



Júlio Barroso: Líder da Gang 90 e um dos poetas do recém-nascido rock nacional, morreu aos 30 anos, no dia 6 de junho de 1984, ao cair da janela de seu apartamento no 11° andar, em São Paulo, em circunstâncias até hoje nebulosas. A cama de Júlio ficava colada à janela, na mesma altura do parapeito. A hipótese de suicídio é improvável, já que nas persianas retorcidas ficaram arranhões, marcas de unhas de quem tentou se agarrar. O mais provável é que Júlio tenha despencado acidentalmente durante uma de suas crises depressivas ou estivesse dormindo e tenha rolado pela janela abaixo.

Raul Seixas: Morreu aos 44 anos, em 21 de agosto de 1989, por causa de uma pancreatite aguda provocada pelo alcoolismo. Dois anos antes, o Maluco Beleza já tinha ficado internado numa clínica de desintoxicação durante um ano e meio. Deixou uma herança de 18 discos gravados, incluindo aí o último, A panela do diabo (1989), em dobradinha com o conterrâneo baiano Marcelo Nova. Depois de sua morte, a produção não parou: lançaram mais outros seis álbuns inéditos.
Vale a pena ter de novo

Tião Macalé: Trabalhou em Balança mais não cai e nos trapalhões, e lançou dois bordões marcantes: “Ô, crioula difícil! Tchan!”, que dizia para uma crioula difícil Marina Miranda, e “Nojento!”, que foi lançado num comercial de supermercado Disco. Tião, que se chamava Augusto Temóstocles da Silva Costa, morreu no dia 26 de outubro de1 993, aos 67 anos, em decorrência de diabetes.

Lauro Corona: Foi um dos mais cobiçados galãs da TV nos anos 80. Arrancou suspiros em várias novelas, como Elas por elas, Louco amor, Corpo a corpo e Direito de amar. Em 1989, quando estreava Vida Nova, ele pediu para se afastar da novela das seis alegando estafa. Voltou dois meses depois, já bem mais magro, para que seu personagem saísse definitivamente da trama. No dia 20 de julho, após nove dias internado, morreu por causa de complicações provocadas pelo vírus HIV.

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